Nossa estratégia
Cuidar de uma cidade após um desastre não é fazer somente o que fizemos imediatamente após as chuvas de fevereiro e março de 2022 e 2024: entregar para as vítimas da tragédia cestas básicas, água mineral, material de higiene e limpeza, roupas… Isso é importantíssimo, claro. E foi o que fizemos durante 6 meses, a partir do nosso antigo galpão no Bingen. E o que continuamos a fazer – ainda que em menor escala – na nossa nova sede no Quitandinha.
Cuidar de uma cidade após um desastre também é pensar em como evitar que novas tragédias se repitam. Como remanejar pessoas de áreas de risco, criar novos bairros, implantar sistemas de alarme, conter encostas, entre outras ações ligadas a políticas públicas.
Segundo a Defesa Civil de Petrópolis, atualmente um terço dos petropolitanos vive em áreas de risco.
E paralelamente ao trabalho do governo, a sociedade civil e o terceiro setor podem – e devem! – fazer muito.
Cuidar de uma cidade após um desastre é também cuidar das gerações futuras, para que elas criem um futuro melhor para suas famílias.
Cuidar de uma cidade após um desastre é não olhar somente para as suas ruínas, mas também olhar para as suas fortalezas. Buscar potencial em seus cidadãos e se reerguer como cidade.
É tentar ajudar quem caiu, mas também valorizar o que ficou de pé, olhar para os nossos alicerces. É dar asas a quem pode voar.
Desde 2022, a SOS SERRA vem buscando as próprias zonas de potência para ajudar Petrópolis a construir pontes entre pessoas – e unir o que somos ao que queremos ser.
Nosso caminho tem um só objetivo: reerguer uma cidade de imensa importância histórica, beleza natural e potencial humano extraordinários. Nosso caminho é trilhado diariamente com muita dedicação, humildade e a certeza de que só chegaremos ao nosso destino trabalhando juntos e unindo corações.
Como tudo começou
A SOS Serra foi criada por iniciativa da designer Gisela Simas no começo de 2021.
Sensibilizada com a crise econômica agravada pela pandemia, Gisela criou alternativas para levar ajuda a bairros de grande vulnerabilidade social de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro. A casa da sua própria família se transformou na sede do projeto. A mobilização das pessoas surpreendeu, e o movimento cresceu.
A primeira ação solidária
No momento inicial, a SOS Serra atuou de forma emergencial para ajudar famílias que estavam em situação de vulnerabilidade alimentar por causa da crise provocada pela pandemia do Coronavírus. Essa etapa de trabalho foi encerrada com quase 20 toneladas de alimentos distribuídas com a ajuda de parentes, amigos, conhecidos e voluntários.
A primeira parceria empresarial surgiu com a Ambev, em setembro de 2021. A campanha “Sempre Juntos”, da gigante cervejeira, teve como objetivo arrecadar 4 toneladas de alimentos a serem doados a instituições parceiras, entre elas, a SOS Serra, numa ação de troca de garrafas de cerveja por alimentos.
A SOS Serra se torna uma associação
Em junho de 2021, a SOS Serra se tornou uma pessoa jurídica de direito privado, na forma de uma associação sem fins lucrativos, com assistência jurídica do escritório de advocacia Pinheiro Neto, do Rio de Janeiro.
Ao ser estabelecida como uma associação, a SOS Serra está apta a realizar convênios e parcerias com órgãos públicos, privados e outras instituições filantrópicas com transparência em relação à movimentação de recursos doados.
A campanha de Natal
Em dezembro de 2021, a SOS Serra, em parceria com o grupo Alpargatas, realizou campanha de doação de 3.000 sandálias para pessoas necessitadas em Petrópolis. Uma das ações da campanha foi levar informações às comunidades beneficiadas sobre a importância da reciclagem do lixo e de materiais como a borracha, matéria-prima das Havaianas. Na campanha, 800 pares de sandálias foram trocados por cestas básicas (cada pessoa que comprou uma cesta básica por R$50,00 ganhou de brinde dois pares de chinelos). 400 famílias foram beneficiadas com as doações de cestas básicas provenientes da troca dos chinelos.
A tragédia da chuva em fevereiro e a rápida resposta da SOS Serra
No dia 15 de fevereiro, terça-feira, a associação rapidamente se organizou para ajudar a cidade de Petrópolis e às vítimas das enchentes e deslizamentos de terra provocados pelas intensas chuvas na cidade.
“Em nosso curto período de existência, aprendemos que o ser humano é mais altruísta que egoísta, que empatia muda tudo e só seremos capazes de construir um novo país com ações que foquem no coletivo”, diz Gisela.
Imediatamente após o temporal, a SOS Serra decidiu usar todos os fundos que estavam disponíveis para ajudar Petrópolis. E prometeu conseguir mais, com doações provenientes do Rio de Janeiro, do Brasil e do exterior.
Já na noite de terça-feira, voluntários da associação saíram às ruas para entregar roupas e alimentos que tinham separados em estoque. Na manhã seguinte, novas entregas, entre elas, de equipamentos para buscas de sobreviventes e para a retirada de escombros.
“Se não podemos salvar a vida de quem a chuva levou, podemos mudar a de quem sobreviveu: agasalhando, alimentando, reconstruindo. A força da solidariedade é inacreditável. As ligações não param, os e-mails, as mensagens… é muita gente querendo ajudar e ajudando de fato.”
A SOS Serra acredita que da crise nascem oportunidades. Oportunidades para mudar, para melhorar, para conscientizar, para fazer diferente, para impactar. Oportunidade para pensar coletivamente e para agir individualmente, impactando e mudando a realidade.
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